sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

DOIS LADOS EM UM SÓ

Olá amigo(a), você tem tudo para ser o que o não ser consegue realizar no saber do não saber, ao contrário do que não realiza por pensar que sabe o que não sabe.

Você que já me acompanha e me entende nesse linguajar, consegue fazer comigo, com certa facilidade, essa viagem no mundo das idéias que trata da filosofia do não saber que se faz ser sempre mais.

O mundo está aí desafiando você para o viver, já que muitos vivem sem viver porque ainda não sabem que o viver não tem nada a haver com o que está aí no mundo; onde todos acreditam ser sem nunca terem sido, porque são produtos e robôs que passam pelo mundo pensando que viveram, e se vão ou se foram enganados no pensar; sem nunca despertarem o ser divino da glândula pineal, sem nunca se abrirem para a luz, sem nunca se virem de outro prisma por um processo de abstração, sem nunca se ausentarem da sua casa mental para enxergar e observar os pensamentos que entram e saem das suas mentes e dos que ficam, beneficiando ou incomodando, querendo estabelecer morada definitiva.

No caroço do fruto está a árvore escondida que vai crescer e se mostrar com uma copa gigante para ser sombra e abrigo de algum ser vivente.

Você não vai me perdoar se eu for falar o que não devo, a não ser que o seu perdão seja uma fórmula que você encontrou de se libertar e apagar os meus erros que eu precisaria levar comigo se não tivesse lhe encontrado, porque você é um diferencial na abstração do ser que consegue entender o que a grande maioria dos seres humanos não sabem pensando que sabem e por isso se escravizam em longos períodos presos ao peso das suas falhas elucubrações.

As máximas da sabedoria estão todas nos Evangelhos de Jesus, mas quem vai conseguir beber nessa fonte se não se desprender do saber do mundo?

Assim é que na minha linguagem de agora eu separo os feijões podres dos bons para que a feijoada esteja à altura do prato literário a ser servido no banquete dos que são convidados para a festa na entrada de um novo tempo e um novo momento, que advirá pela conquista e consagração do eterno e incorruptível bem.

Se você está do lado que me sente e vê e eu estou do que imagino e capto, é porque estamos nos buscando de algum modo na identidade do não saber, na estrada que conduz ao inatingível; que, para cada passo nosso, amplia-se, engrandece e fica mais distante no perto que se mostra e que não se deixa nunca alcançar.

Amigo, venha para o lado de cá que eu saio daqui para o lado de lá, porque nesta nossa linguagem ambos os lados são um só: O do não saber que se faz ser, porque não discrimina e entende tudo que vê, onde estamos sem lados que nos separe.
Amigo(a), grande abraço... Tchau!... Tchau!... Ramezoni